Por Carolina Borges - IPCS São Paulo
Quando falamos em stress é importante lembrarmos
que stress é uma reação global do organismo, comum a todos os indivíduos frente
a uma nova situação, que exige uma adaptação ao seu modo de viver, como por
exemplo: a chegada a um novo ambiente de trabalho.
Ele se desenvolve em fases e seus sintomas, assim
como a seriedade deles, variam de acordo com a etapa do stress. Suas fontes
podem ser internas, que estão diretamente relacionadas com a forma como nos
percebemos e enxergamos o mundo à nossa volta, e externas, que nem sempre
podemos controlar, que são as condições ambientais e sociais e a ocupação
profissional que exercemos.
Estudos apontam a existência e importância do
stress ocupacional, definido como os fatores no trabalho que excedem a
capacidade de enfretamento do indivíduo.
Em pesquisas recentes, realizadas com diversos
cargos, a maior preocupação foi compreender quais os fatores organizacionais são
percebidos como fontes de stress, partindo do pressuposto de que as condições
de trabalho e organização do trabalho podem ser fatores estressantes.
Foi verificado que aspectos relacionados com a
empresa como: responsabilidades excessivas, excesso de atividades, urgência de
tempo colocada pela empresa, chefias que dificultam o desenvolvimento de
tarefas, não estímulo a promoções e falta de planejamento são as maiores e mais
intensas fontes de stress ocupacional.
Outro aspecto de bastante relevância são as
relações interpessoais, a falta de cooperação, a atribuição de culpa por erros
ou problemas, conflitos de valores e trabalhar com pessoas desorganizadas ou
despreparadas também são apontados como fontes estressoras.
Todos estes aspectos podem desencadear
conseqüências negativas tanto para a empresa, com: absenteísmo, presenteísmo,
aumento de turn over, de licenças médicas, baixo desempenho da equipe, falta de
criatividade, como para os colaboradores, com falta de motivação, sintomas de
ansiedade e depressão, queda na qualidade de vida e sofrimento físico e
psíquico.
Frente às novas necessidades de um mundo
globalizado, onde as informações são trocadas em tempo real, os resultados
precisam ser quase que imediatos e os profissionais adquirem funções múltiplas
e de alta demanda física e intelectual, um ambiente de trabalho organizado pode
auxiliar na realização das tarefas, no cumprimento dos prazos e minimizar o
impacto das fontes estressoras.
Além de um ambiente estruturado, algumas atitudes
como: definir as tarefas diárias, organizá-las de acordo com suas prioridades,
fazer um levantamento do material necessário para sua realização, iniciar e
concluir o que se está fazendo, deixar em sua mesa somente o que é necessário
para a execução do seu trabalho e até mesmo algo que lhe agrade, como a foto de
alguém querido ou um objeto inspirador podem contribuir para o melhor
desempenho das tarefas.
Todos somos vulneráveis ao stress, no entanto,
podemos desenvolver estratégias para gerenciá-lo, melhorar a nossa qualidade de
vida e continuar atendendo as altas demandas da modernidade, um ambiente de
trabalho limpo, respeitoso, organizado, certamente trará a sensação de bem estar
e com este, a criatividade e produtividade serão melhores.